Essa semana dei para meu alunos analisarem uma tirinha da Mafalda em que a Susanita dizia que queria pertencer à sociedade. Contestada pela Mafalda, ela replicou que referia-se àquela sociedade que tem "a faca e o queijo na mão".
Bem, tive dois empecilhos: explicar-lhes o sentido do termo sociedade e me coube a amarga incumbência de dizer-lhes que ainda somos divididos por classes sociais, conforme o nosso potencial financeiro, em classes A e B, classe C - os remediados - classe D - que vivem com o salário mínimo e a classe D, abaixo da linha da pobreza.
Me senti mal de fazê-lo, mas é encargo do professor. Depois, explicar o termo - eles têm 11 anos em média - ter a faca e o queijo nas mãos, o que significa ter oportunidades de realizar coisas que, em sua maioria, somente o dinheiro pode viabilizar. Isso, diga-se de passagem, eles entenderam bem.
O que restou dessa experiência foi uma profunda reflexão de que todos nós temos "a faca e o queijo na mão" e isso quer dizer que, não importa se temos dinheiro ou não, sempre teremos a oportunidade de escolher um caminho e, fazendo a melhor escolha, trilharmos por veredas que nos trarão as tais oportunidades....
São muitos os caminhos, ainda que pareçam não existir, eles estão aí para todos.
Comentários
Postar um comentário
Em 24 horas seu comentário será liberado.