Coração Impúbere é um livro de poesias metafísicas, surreais, ideais e tudo aquilo que a
imaginação do leitor desejar sonhar. Reflexivo, tem a pretensão de levá-los a
navegar por "mares nunca dantes navegados".
Escrevo desde muito cedo e, adolescente, tive uma fase bastante sombria
e gótica; isso fica bem claro nos versos de "Coração de Luto",
"Alvorecer" e "Impressões de um inconformado" e no poema
que dá nome ao livro.
Em "Quando nasce um amor" juntou-se o trágico com o cômico,
sobre um amor que nunca viceja. Críticas sociais e rebeldia juvenil podem ser
encontrados em "Chega", "Não é urgente" ou "Rap da
paz". Também existem os líricos, bastante sensíveis e que desenham formas
suaves de expressão como em "A rua sofre de solidão", "Por entre
as flores" e "Eu quero viver". Há ainda o metalinguístico
"Ninguém entende" e, por fim, "Despedida de um Ateu" propositadamente
ficou para o desfecho do livro, pois, de caráter essencialmente biográfico,
fecha um ciclo em meu estilo poético. A partir daí, mais leveza encontra-se nas
poesias, mas não menos líricas e interessantes.
Não existe, em momento algum, a preocupação com a métrica dos versos,
porém, a rima é algo que sempre foi bem vinda e utilizada com consciência na
lapidação de quase todos os versos. É bom lembrar que jamais publicaria uma
linha sequer sem um exaustivo trabalho de revisão e reformulação dos versos, à
procura da palavra perfeita. Como diz nosso querido poeta João Cabral, quem
escreve com rigor, há de ser um pouco "engenheiro da poesia".
Gratidão pela leitura.
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